sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Visão Humana



Até pouco tempo, pensava em iluminação pública como modo de criar, no período nocturno, as
condições necessárias para a visão de um motorista. Aspectos importantes na iluminação das cidades não eram considerados e, assim, diversos detalhes e interações que compõem o cenário urbano eram ocultados.
A sua crescente associação com o sentimento de segurança vem obrigar a prover as ruas públicas de mais iluminação. Hoje, embora em pequeno número, verificamos que a iluminação nas cidades também tem sido
direccionada no sentido da valorização do seu patrimônio histórico e da criação de ambientes urbanos voltados ao bem estar dos cidadãos. Contudo, os projetos de iluminação, assim como os planos de eficientização em iluminação pública vem sendo elaborados apenas sob a óptica dos índices luminotécnicos
a serem respeitados, da eficiência energética e da eficiência luminosa (lúmen/watt). "Padronizou-se", ampla, geral e irrestritamente, a utilização da lâmpada de vapor de sódio alta pressão, fonte de luz monocromática de cor amarelada, que sem nenhuma dúvida é a que apresenta a melhor relação eficiência luminosa (lm/W).

Mas, como se comporta a visão humana neste cenário monocromático?

Bom em termos de visibilidade, é a lâmpada de sódio a mais eficiente?

O olho humano e a curva V(λ)
O olho é um sistema de percepção de luz formado por um agente fotoreceptor (retina) e um obturador (pupila).
A retina é composta de dois tipos de fotoreceptores: cones e bastonetes.
Os cones localizam-se na região central do campo visual, estão associados com a visão diurna, colorida, e com a percepção dos detalhes finos, enquanto os bastonetes localizam-se na periferia do campo de visual e estão associados à visão noturna. Podemos dizer que os cones são activos em níveis de alta luminosidade e os bastonetes activos em baixa luminosidade, ou seja, cones e bastonetes possuem respostas ou sensibilidades espectrais diferentes, definidas, respectivamente, como visão fotóptica e visão escotópica. Os cones são mais receptivos a luz verde no comprimento de onda de 508 nanômetros, enquanto os
bastonetes são mais receptivos a luz azul-verde em 555 nanômetros. Podemos também definir, em
função dos níveis de luminosidade intermediários, a visão mesópica.
O padrão de visão humano foi definido através de experiências realizadas na década de 20. Estas experiências determinaram a sensibilidade espectral à luz do sistema visual humano, definindo a curva V(λ), que representa a resposta espectral de uma pessoa sob condições fotópicas.
Na figura abaixo estão representadas as curvas de sensibilidade espectral relativa do olho humano.





Abraços

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